Copo de uísque

Um Cara Que Não Presta

Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."

Devaneios sobre o tempo

terça-feira, dezembro 12, 2006
Aqui vamos nós.
Mais um final de ano, mais mar de incertezas.
Mais um sorriso na menina ao ver Noel
Mais uma oferta de emprego temporário
Mais um parafuso que força minha têmpora
Estrelas ou temporal quando saltar as ondas?
O tempo vem o tempo vai.

Será hora de partir?
Será hora de entrar?
Se meus feijões não saltarem?
Se meu peru se perder em brasa?
O tempo vai, o tempo vem.

Eu sei que nada sei
Mas é verão
Teremos frutas amanhecidas no reveillon
Teremos promessas em goles da mais pura sidra
E um tio bêbado cambaleando pelos cantos
Amores de reveillon, amores de verão

Minhas costas doerão
Novamente e como sempre
Mas o tempo cura, há de curar
Há de servir para alguma coisa

Pois hei de ter teu sorriso
Que dentre todas as incertezas é certa
Como minha cegueira hoje
Que é brindada com o mais forte whisky
Dessa taberna impura
Escondida pelo mapa de minhas tristezas

Aqui vamos nós
Mais uma arvore queimada por pestinhas
Entre explosões de lâmpadas coloridas
Maus momentos de ressaca
Bons momentos de falsa alegria

Brindaremos por sermos pobres de espírito
Brindaremos por algo que negamos
Brindaremos pelo futuro
Futuro perdido no brinde e no tempo
O tempo vem, o tempo vai
O tempo vai e vem.