Copo de uísque

Um Cara Que Não Presta

Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."

Ela o viu sentado ali tão só
Ele sorriu, era o que fazia melhor
Ela sorriu, querendo mais
Ele pensou, ela é bonita demais
Se encontraram depois de um mês
Quatro luas e dois talvez
Ele queria passear
Ela estava louca para beijar
Trocaram um papo sem porque
Sobre música, cinema e tv
Ele gostava do rock n' roll
Ela de porcos e poemas de amor
Com 21 ele se apaixonou
17 era a idade da flor
Uma princesa e um plebeu
Um amor que é todo seu
Ela o viu sentado ali tão só
Ele sorriu, era o que fazia melhor
Ela sorriu, querendo mais
Ele surtou, ela é bonita demais
"Essa é pra você Renan Canalheiros"


Não sou de escrever sobre política, mas como o Canalheiros preferiu aquela vaca de pior qualidade, pela misera diferença de R$298.000,00 e duas pizzas. Eu me sinto no dever de publicar esse protesto sincero de um amigo meu em Brasília.

Observação bizarra 1: A mimosa tá barata, eu sei, mas eu preciso para sustentar a família. E ainda por cima, garanti que tinha troco para R$300.000,00 que ele tinha na cueca.

Observação bizarra 2: Eu sei que o assunto tá velho, mas é para lembrar mesmo.

Observação bizarra 3: Esse meu amigo, Tato, é bizarro! Duvidam!? Vejam isso!

Um dia encontrei o tempo
Uma mistura do velho no novo

Uma mistura do novo no velho

Simples como o vento que venta
O tempo estava correndo

Mas parou

Pousou sua mão sobre meu peito

O aperto foi tão profundo como jamais havia

Segurei com força seu punho

Olhou-me nos olhos

-Você não pode me segurar
-Você não me faz correr

Meu peito se aliviou
Ele já estava correndo

Mas algo me dizia que havia um erro
- Ei...você?

Correu e parou, parou e correu

-Quero respostas...

Parou, aperto nas costelas

-Para ter-me, terá que me dar...

Agora o dou! Ele é seu


Tempos Passados:
Chegou com três violeiros mexicanos, cantou desafinado, ela abriu as janelas, sorriu e pediu para que ele esperasse, já desceria.
Chegou com três violeiros mexicanos, cantou desafinado, ela abriu as janelas, bufou e jogou um balde d'água.

Tempos Modernos:
Chegou com uma rosa, ligou no celular, queria deseja-la um bom dia, ela sorriu, pediu que esperasse, já desceria.
Chegou com uma rosa, ligou no celular, queria deseja-la um bom dia, ela disse que estava dormindo, que ele deveria ter ligado antes, desligou. A rosa ficou no chão, só.
- Amor, tenho que ir no banheiro.
- Vai lá então, nos encontramos no hall.
Beijaram-se e foi cada um para o sanitário que lhe cabia.

Sanitário Masculino:
Pedro ainda conferindo se Paula entra na fila sem que nenhum engraçadinho lhe incomode, chega à sua própria fila.
- E ae!? - O rapaz cumprimenta o cara da frente, que estava encarando.
Sem resposta em volta Pedro já está virando a cabeça, como todos os outros da fila para a dupla de beldades que passa rebolando.
- Naquela eu perdia meia hora... - solta o sujeito que acaba de chegar a fila
- Pois é - outro responde.
Entrando no banheiro, depois de alguns minutos, dá uma encara no espelho, desgruda o pé do chão melecado, e segue para o mitório que acaba de liberar. Mija. Volta, lava as mãos sem sabonete. Arruma os cabelos com as mão molhadas e sai. Na porta, encontra um amigo entrando e com um tapinha nas costas, secando de vez a mão, diz:
- E ae?
Ele segue para o hall.

Sanitário Feminino:
Paula, aguarda ansiosamente na fila, quando vê seu namorado, e mais quinze caras virando o rosto seguindo...
- Duas biscas, você viu? - comenta com Aninha, menina em sua frente.
- Realmente, passam rebolando aquela bunda cheia de celulite, e aqueles palhaços seguem que nem cachorrinhos!
- E meu namorado lá no meio... - comenta Suzane, desconhecida ainda que acaba de chegar.
- O meu também, ele me paga - solta Paula já notando o batom de Suzane...
Batom que virou assunto até chegarem dentro do banheiro. Aninha, que tinha se aproximado mais vai com Paula ao trono, chegando lá começa o ritual.
- Pega um pouco de papel higienico(ph) para mim, ok, obrigada. - Paula faz a limpeza completa na boca do vaso.
- Você primeiro - sugere Ana
Paula abaixa as calças, tira o salto, e cuidadosamente coloca um pé em cada canto do vaso, subindo no mesmo. Segurando as mãos de Ana ela começa a soltar a urina quente. Não há por que tem vergonha de Ana, já se conhecem desde a fila, já chingaram juntas e trocaram batons...
Agora é Aninha que sobe segurando em suas mãos, e de repente...pá! Seu pé escorregou para dentro do vaso. As duas ficam atônitas por segundos e começam a rir.
Ana se limpa e começam a falar sobre o vestido demodê da guria que saiu do banheiro.
- Mas também, com um namorado cafona daqueles!
- Quem é o cara...
- O de cinza!
- Credo...feio mesmo!
- E ele trai ela.
- Não me conta (sim!conta, conta!)
Assim a conversa vai por mais uns 10 minutos até que ela sai. Vê Pedro já esperando impaciente.

Hall
- E ae? - pergunta ele
- Tudo bem. - ela o beija
- Demorou!
- Você precisa saber o que descobri...
E eles voltam à festa...

Matador de Passarinhos

quarta-feira, setembro 12, 2007
Imagem - Portinari: Menino com Estilingue


Pegou a atiradeira, mirou bem, e...pá!!! Na mosca, àquela distância jamais errara. Ouviu-se um grito de fúria, era ele. Alguém olhou e seguiu. Ele havia tropeçado numa pedra na pressa, tropeçado e estraçalhado seu dedinho. A dor começou a lhe consumir. Subindo do dedo aos fios de cabelos, passando lenta e latejante, a dor estava em suas canelas, barriga, costas, cabeça. E desapareceu. Ele olhou em frente, lá estava a asa branca que ele havia acertado, e a dor voltou. Ela se batia, e ele notou que havia acertado em sua pequena perna. Com a perna quebrada ela se debateu, até chegar nos pés de nosso herói, que olhando diretamente para baixo, viu o sangue que corria de seu dedo e tocava a ave. Lentamente seus dedos se afrouxaram, a atiradeira escorregou. Ele se caiu em joelhos. Chorou e pediu desculpas. Olhou tristemente suas mãos irem até o pescoço da pomba, e com um movimento rápido fazer o mais digno, dar-lhe paz... pá!!!

Ele acordou, já estava tarde. Arrumou sua mochila correndo, sentou na moto, e mal colocando o capacete saiu em disparado. Havia a possibilidade ainda, ele sabia. Todos os dias, nos últimos dois anos seguia a mesma rotina. Corria até o local certo, onde tudo ocorreria, e depois, somente depois, ele seguia para seu trabalho. Mas naquela quinta-feira ele resolveu dormir cinco minutos a mais. Hoje, não a veria. Hoje ela passaria e ele não estaria lá. Mas também, o que ele podia querer? Nunca havia puxado papo, apenas parava na frente do clube, que era caminho do trabalho dela. Esperava a moça passar, com um leve sorriso em seu rosto. E seguia para o trabalho. Era um amor platônico, jamais ele poderia tocá-la. Mesmo assim, o minuto em que suas vidas se cruzavam todo dia, era fundamental para que o dia fosse bom. Chegou ao clube, tirou o capacete, não viu o belo corpo da moça vindo ou indo. Virando-se sobre o banco, de forma que ficasse de costas ao guidão, ele viu suas esperanças se acabarem. Abaixou a cabeça e fechou os olhos, refletiu. Sabia ele quanto tinha sido cansativo a noite de quarta, e como estava cansado, precisando daqueles cinco minutos. Ele não estava arrependido, achava apenas que não podia ter deixado os cinco minutos se tornarem dez.
- Achei que você não viria hoje! - a voz mais doce o chamou a atenção. Era ela, sua musa.
- Eu...Você...voltou!?
- Fiquei preocupada - disse com o rosto ficando vermelho - já é a terceira vez que passo por aqui hoje, hehe.
- Nunca achei que...
- ...que eu te conhecia? Fazem dois anos e meio que te olho.
- Como dois anos e meio?
- Eu vinha antigamente pela rua ao lado, a rua de sua casa. Mas você um dia veio para essa rua, eu o segui.
- Mas...
- Bom saber que você está bem - disse ela já se despedindo com um sorriso
- Obrigado...obrigado por voltar...
- Te vejo amanhã? Como sempre...
- Como e para...
Ela se virou, seus cabelos lisos correram de lado. Ele sorriu.
Assim os dias voltaram a ser como eram, eles voltaram a ser felizes...ao menos no minuto em que suas vidas se cruzavam.


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Bom veneno - Nervoso
Pois o começo é sempre ligado ao fim
De algo bom ou de algo ruim
E o meu fim será o seu suplício
Pra eu poder voltar ao início



Esse mês tem sido realmente complicado, passei por coisas que nunca havia planejado. E agora, ao final, sei que estou bem. Sei que tudo fica bem. Durante o período, porém, não tive essa certeza. Senti vontade de desistir e confessar minha fraqueza momentânea. Mas aí, veio a surpresa. Recebi apoio de amigos. Eles não vieram para me erguer, eles vieram para me sustentar. Alguns, apenas dizendo "estou aqui", outros se sacrificando para me dar um abraço. Bons amigos, amigos de hora, amigos da onça... tive todos. E não condeno nenhum, pois todos cumpriram seus papéis de forma exemplar. Surpreenderam-me, no entanto, alguns mais que outros. Aqueles que eu não sabia que podia contar. Que qualquer um classificaria como um "amigo da hora", mas que para mim é "amigo pra vida toda". A esses em especial, queria declarar meu agradecimento. Falar-lhes que me conquistaram, conquistaram meu respeito e minha fidelidade. Aqui vocês encontrarão um amigo, whiskey e rosas.


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Novo blog surgindo...bela poeta!!
Ninha Sierakowski