Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."
Tudo bem, sei que esse tema pode parecer démodé, porém, hoje é impraticável escrever, ao meu ver, sobre outra coisa.
O que entendemos por esse sentimento nomeado por brasileiros, e sentido em todo o mundo? Quando esse sentimento é um encargo e quando é uma dádiva?
Para começar devo frisar que como o amor, a saudade tem um sentido muito amplo, podendo ser sentido de varias formas e em diversos graus de relacionamento. Para não criar um texto muito cansativo, prefiro escrever apenas sobre um tipo, no caso a “saudade dos amantes”.
Já dizia o poeta “a saudade é uma flor roxa que nasce no coração do troxa”, e realmente muitas vezes essa é a melhor definição.
A saudade é um sentimento hibrido, tem em sua composição vários outros sentimentos, que podem (ou não) estar interligados, como certeza e dúvida, vontade e pudor, calma e euforia, entre outros. Por isso, pelo fato de serem tantos sentimentos em um só, é possível que este se torne um encargo ou uma dádiva.
A saudade é um encargo para a maioria dos apaixonados. Sempre que se ouve falando de saudades, se relaciona esse sentimento à tristeza da distancia entre dois amantes. Saudade que surge antes mesmo da distancia. Surge na hora da despedida, e contra ela lutamos minutos, às vezes horas, através de vorazes beijos e abraços. Quando chegamos ao destino, longe demais da amada, é a saudade que nos faz querer sentir o seu cheiro, e sonhar com ela. Aí se sofre, e se sofre muito. Também sofremos quando acabamos relacionamentos, ou nos mudamos, e sabemos que não poderemos mais ver a pessoa desejada, cartas e telefonemas se tornam pouco.
Agora o que pouca gente considera é o lado bom da saudade, quando ela num é um sentimento, e sim uma dádiva, um dom. O dom que temos de nos preparar o maximo possível para o encontro, o brilho nos olhos na hora do encontro. A saudade futura que nos faz decorar cada bom momento de uma noite, cada detalhe do rosto da amada, para que quando estiver longe, poder fechar os olhos e vê-la na sua frente, mesmo que ela esteja a quilômetros de distancia. È lembrar do sotaque dela no meio de um expediente de serviço e sorrir espontaneamente. É falar até pro cobrador do ônibus como ela é linda.
A saudade é algo que nos liga, através da separação de nossos corpos. Em outras palavras, a saudade é a paixão dos distantes.