Copo de uísque

Um Cara Que Não Presta

Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."

Traumas de infancia...

terça-feira, fevereiro 21, 2006
O primeiro é o teste, o segundo a perfeição e do terceiro em diante resto.
Ser o irmão do meio sempre é complicado, não se tem o título de primogênito, nem a atenção do caçula. Comigo foi ainda mais complicado, situações que geraram grandes traumas enquanto pequeno.
Minha primeira amiga por exemplo, foi a Xuxa! Além de ser um trauma por si só, o pior foi o que gerou tal trauma. O primogênito estava entrando na escola, e o caçula nascendo. Logo meu pai era responsável por matricula e pelos danos que o mais velho causava na escola, enquanto minha mãe ficava deitada cuidando do meu irmãozinho (ele tem 18 hoje, mas ainda chamo de irmãozinho, algum problema??). E o Rafael? “olha como ele fica quietinho na frente da tv!!”.
Não à toa, que pronunciava meu nome de forma engraçada aos 4 anos..”Meu nome é Ratael”. Ok, nada que uma boa fonoaudióloga não tenha resolvido. E por falar em fonoaudióloga, também tive uma psicóloga na infância. Tinha sérias crises de convulsão febril, de cunho psicológico, causadas basicamente por sentimento de abandono (carência).
Em todas as brigas de irmãos eu quem saia perdendo. Se eu batia no meu irmãozinho levava bronca (quando não uma surra) pois eu era “muito” maior que ele e era covardia bater nele. Quando brigava com meu irmão mais velho, e apanhava, levava uma bronca porque eu era bobo de brigar com alguém “muito” maior que eu. Sempre quem levava a bronca era eu. Como eu não podia bater em meu irmãozinho meu irmão mais velho me fazia de saco de pancadas pro meu irmão mais novo.
Passei a pensar em uma idade da minha vida que eu era adotado (só podia ser). Afinal, nunca tinha tido a atenção dos meus pais, sempre estava errado, fora que sou um pouco diferente da minha família na aparência física. Por fim, descobri que era só coisa da minha cabeça, uma foto, do meu pai quando era mais novo, é idêntica a mim. Meu pai era magro como um palito, igual a mim. Mas o tempo passa e é possível ver que cada um tem seus próprios problemas. Meu irmão mais velho foi o primeiro a sair de casa, enfrentou sozinho muita coisa que não tive que enfrentar. Já o caçula, que não é mais caçula (perdeu o titulo pra minha irmãzinha), ainda tem muito com o que quebrar a cara. Minha irmã, essa sim, só vai ter problemas com namorados, ou melhor, esses vão ter problemas com os quatro homens da casa ahahh.