Sei que não sou nenhum crítico, mas não posso deixar de comentar.
Acabei de ler (ontem) o Best-Seller de Dan Brown, O Código da Vinci. É o segundo livro que leio desse mesmo autor, sendo o outro Anjos e Demônios. Os dois livros são extremamente bons.
Os dois possuem diversas características em comum, além da forma de escrita. Brown nos dois romances utiliza o mesmo protagonista, Robert Langdon. Isso faz com que o Código, apesar de ter escrito antes, seja a continuação da história do A&D, e cite fatos ocorridos no mesmo.
Três pontos chamam a atenção em especial. As descrições de obras de arte e locais, os impasses religiosos, e finalmente, as mulheres.
Em especial, no Código, as obras de arte são detalhadas em seus mínimos detalhes, e utilizadas como chave para resolução de problemas encontrados. Já os locais, em ambos os livros, são detalhados de forma que o leitor se sinta presente. Eu mesmo pude me sentir dentro do Louvre e do Vaticano. O estudo feito pelo autor, das obras de arte e locais, é fundamental para o desenrolar da história, pois em vários momentos o autor retorna a tais detalhes e, para que seja compreensível o enredo, o leitor deve estar atento a cada um. Excelente estratégia para chamar a atenção.
Os temas abordados nos dois livros basicamente são a respeito de segredos da Igreja, e como ela pode ser destruída. Quem não conhece a si mesmo, e sua fé, pode ser facilmente ludibriado pelos livros, que passam por diversas reviravoltas, chegando a ponto do leitor, ao final do livro, parar e finalmente entrar num momento de autoconhecimento. Sempre colocando os dois lados do jogo, Langdon e seus coadjuvantes, fazem com que dúvidas sobre o certo e errado sejam levantadas, mais uma vez “grudando” os olhos dos leitores às obras.
Finalmente, as mulheres dos romances (que dão suporte ao mesmo) são seres divinos. Tanto Vitória Vetra (A&D) quanto Sophie Neveu (CdV) são mulheres inteligentes (qi mínimo de 160), lindas e adoram aventuras. Têm, no começo de cada romance, um parente morto, e se juntam a Langdon na busca de respostas. Cada uma na sua vez é o par perfeito para Langdon decifrar todos os enigmas. Todo o sentimento dos livros se baseia nelas, suas lágrimas fazem com que o leitor sinta vontade de enxuga-las. Nota-se também uma queda de Dan Brown a ruivas (esse é dos meus). Pessoalmente preferi o Anjos e Demônios. Contudo, ambos são de excelente qualidade.