Copo de uísque

Um Cara Que Não Presta

Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."

Muita coisa se perdeu muita se ganhou.
Vitórias são estampadas
Em todo vão, de todo vão sorriso.

Durante um ano se perdeu uma parte do sentido
Os pontos cardeais se afastaram
Cada qual tornando-se seu próprio centro

Oeste se foi para o leste
Onde os olhos são puxados
Onde guitarras ecoam solos crus
Onde o sol nasce primeiro

Leste se deixou levar
Tornando-se duro e firme
Como o antigo continente
Parece exalar maior sabedoria

Norte faz seu rumo
Sempre em frente
Norteando a outros
Com o futuro em suas vistas

Sul ficou longe
Enrolado em seu cobertor
Sentindo-se melhor
Porém o frio lhe consome

Éramos quatro piás. De determinado ponto entre nossas casas era possível aponta-las formando a estrela. Júnior(oeste) esse ano se mudou para o Japão, como vários outros dekassekis. Tiago(leste) continuou em Paranavaí, sujeito sábio e adulto. KK(norte) teve grandes méritos esse ano, se tornou presidente de dois grupos, comprovando o que eu sempre disse, virou político. Eu, Rafael(sul) continuo morando e estudando no mesmo lugar, porém, me afastei da turma, um ano de muito auto-conhecimento. Espero que esse ano nós quatro possamos nos reaproximar. São os meus votos para o ano novo. Abraços a todos e boas festas.

Devaneios sobre o tempo

terça-feira, dezembro 12, 2006
Aqui vamos nós.
Mais um final de ano, mais mar de incertezas.
Mais um sorriso na menina ao ver Noel
Mais uma oferta de emprego temporário
Mais um parafuso que força minha têmpora
Estrelas ou temporal quando saltar as ondas?
O tempo vem o tempo vai.

Será hora de partir?
Será hora de entrar?
Se meus feijões não saltarem?
Se meu peru se perder em brasa?
O tempo vai, o tempo vem.

Eu sei que nada sei
Mas é verão
Teremos frutas amanhecidas no reveillon
Teremos promessas em goles da mais pura sidra
E um tio bêbado cambaleando pelos cantos
Amores de reveillon, amores de verão

Minhas costas doerão
Novamente e como sempre
Mas o tempo cura, há de curar
Há de servir para alguma coisa

Pois hei de ter teu sorriso
Que dentre todas as incertezas é certa
Como minha cegueira hoje
Que é brindada com o mais forte whisky
Dessa taberna impura
Escondida pelo mapa de minhas tristezas

Aqui vamos nós
Mais uma arvore queimada por pestinhas
Entre explosões de lâmpadas coloridas
Maus momentos de ressaca
Bons momentos de falsa alegria

Brindaremos por sermos pobres de espírito
Brindaremos por algo que negamos
Brindaremos pelo futuro
Futuro perdido no brinde e no tempo
O tempo vem, o tempo vai
O tempo vai e vem.