Copo de uísque

Um Cara Que Não Presta

Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."

Aos trinta...(parte II)

terça-feira, março 14, 2006
Tudo ia bem, tinha me casado com a moça mais linda e morava com ela em Curitiba. Dava aulas em uma faculdade particular após o término do meu mestrado. Ela procurava emprego como psicóloga. Nos amávamos, e em breve iríamos ao México passar nossa lua de mel.
O México sempre fora o sonho de consumo dela, era como um paraíso na sua visão. Não por causa de belezas naturais, e sim, pois naquele país ela via um lugar onde ninguém pudesse nos atingir, ninguém querendo nos separar, onde poderíamos ser felizes.
Ela, antes da viagem preferiu fazer uma visita para os pais, em Paranavaí, quando voltava ocorreu um acidente no ônibus em que ela estava, um acidente que a levara para sempre.
- Rafael, você está assistindo TV?
- Porque?
- Ligue-a na globo...
“O acidente que matou 39 dos 40 passageiros, ocorreu em um ônibus Paranavaí/Curitiba, após o veiculo ter se chocado com um caminhão de óleo vegetal. A única sobrevivente, uma jovem que entrou em choque após o acidente, teve sua vida salva pela passageira ao seu lado, Natalia...”.
Natalia, minha namorada, minha esposa, minha amante. Corri desesperadamente para o local do acidente, alguns amigos já se encarregavam do funeral. Quando cheguei ao local tudo que quis fazer foi encontrar meu amor, a menina que sobrevivera quis falar comigo. A ultima coisa que precisava agora era de alguém agradecendo pela morte da minha princesa, logo não dei a mínima pra guria.
Tudo me levara àquela vida que agora levava, um professor seco, sem vínculos, que passava suas noites num bar, se lamentando entre um copo e outro de whisky. E tudo se repetiu enquanto aquela garota de preto e vermelho me pediu ajuda, como num piscar de olhos.
- E como posso te ajudar...Ahn...Vanessa?
- Como sabe meu nome?
- Seu chaveiro diz Van...logo...
- Podia me chamar Vanusa.
- Mas não se chama.
- Preciso encontrar uma pessoa, e segundo minhas pesquisas, ela pode freqüentar um bar nessas proximidades.
- Quem é você?
- É uma longa historia. Uma promessa.
- E como ele, ou ela, é?
- Não sei, mas sei que ele participava de um tipo de sociedade entitulada “novos humanos”.
Como ela sabia dos novos humanos? Quem é aquela garota? Por que tudo surge novamente depois de tanto tempo?


continua...