Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."
Sophia acordou com um largo sorriso no rosto, sua noite havia sido maravilhosa, perfeita. Ao apertar os braços sentiu apenas lençóis. Ouviu um barulho no quarto, só podia ser ele.
-Aonde vai amor?
- Vou preparar nosso café da manhã.
A vontade de levantar e puxa-lo para cama era deixada de lado por pensamentos fortes, vindos do estomago. “Afinal, temos todo o tempo do mundo”. Ao som baixo vindo da cozinha do apartamento cochilou.
O sol entrava pelas frestas da janela e iluminava todo o quarto, impossível ficar de olhos fechados. Sophia estranhou o fato de Adolf ainda não ter voltado com o café. “Deve estar me esperando na cozinha” pensou. Levantou-se, jogou de qualquer forma o lençol sobre a cama. Ah, como ela adorava aquela cama box na qual passava momentos, os melhores, ao lado de seu amado.
Dirigia-se para a cozinha quando notou a bandeja na sala, e junto dela uma carta com seu nome na mais bela letra de Adolf...
-Amor, onde estás – se dirigindo para a carta – Tu estás querendo brincar, é?
Ajoelhou-se próximo a mesinha de centro, pegou a carta e começou a ler...
“Sophia, minha linda princesa dos dias todos...”
-Amo esse seu lado romântico, sabia? – com um sorriso bobo que ia de orelha a orelha. Sorriso trocado por lágrimas com o continuar da carta.
“...antes de mais nada queria dizer que você foi a pessoa mais importante da minha vida. Me deu presentes que eu nunca vou merecer, coisas sem valor, mas que todo dinheiro do mundo não pagaria. Você se entregou, e por isso te agradeço... Saibas que sempre fui teu, e somente teu. Me entreguei e sei que me sentirei como “uma panela vazia depois de um almoço de família” sem tua presença, mas tenho que ir...”
- Se era pra me assustar já conseguiu, agora acabou a graça Adolf, apareça. – E assim saiu desesperada a procurar em cada canto da casa, com a carta amassada entre punhos, e lágrimas nos olhos. Sem sucesso se jogou no chão de qualquer jeito. Minutos depois desamassou a carta e terminou de ler, não sabia o que fazer. Pegou suas coisas e caminhou em direção a porta. Mas ela não o alcançaria. Com raiva chutou a bandeja e cubos de mamão voaram por todos os lados da sala. Sentou e chorou. Sem mais, chorou.