Um deserto e seus castelos de areia
Um reino e seus domínios
Flutuando sobre as frestas de seus dedos
Grandes vãos, grandes incógnitas
Como não perdê-los
Como não deixar passar
Bastaria fechar os dedos?
Segurar apenas o que der?
Quanto seria o bastante?
Quando seria a hora certa de segurar?
Fosse mais fácil, concreto
Fosse mais simples, fato
Fosse mais valioso que apenas areia
Ao final, bastaria baixar as mãos
Repousar castelos sobre areia
Ao final, bastaria deixá-lo ser
Aproveitar de sua beleza momentânea
Ao final, virá o vento, virá a onda
Ao final...ao contrário...acabará.