Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."
Hoje mesmo, estava andando pelas ruas e me lembrei de um momento de alguns anos atrás. Belos dias aqueles, em que minha vida se resumia àquela frase “me apaixono todo dia, é sempre a pessoa errada”, mas quer saber!?! Eu curtia aquilo pra caraça...Todo dia um risco, um novo fora, acho que decorei todos os possíveis naquela época...
Mas bem, pensando agora, cheguei a uma conclusão tudo a ver com aquela época, comecei a perceber o quanto a gente valoriza o passado (infância) . E mais do que isso, percebi também que isso tem uma maior freqüência em pessoas nascidas na primeira metade da década de oitenta. Parece babaca de minha parte, mas quantos e-mails já não recebemos relacionando produtos dessa década e começo da década de 90 com nossa infância, aquelas lembranças como Novela Carrossel(SBT, Cirilo e cia.), Lolo(Milkybar), Pirocóptero (Pirulito que voa-voa), e demais enlatados que nos eram empurrados “guélabaixo”.
Mas por que diabos nascidos no inicio dos anos 80? Na verdade eu não sei, todavia, acredito que isso tenha maior representatividade em pessoas de nossa idade devido a 2 fatores. A primeira forma de análise seria a empírica, afinal, nunca recebi um email falando “ah, como era bom aquele yu-gi-oh”, ou ainda, “como eu gostava das minhas bonecas feitas de sabugo de milho”. Pergunto a todos, alguém já viu um e-mail assim, ou uma boneca de sabugo?.
Segundo fator teria a ver que as pessoas entre 25 e 20 anos foram as que passaram pelas maiores transformações de todos os tempos durante sua adolescência. Não sou psicólogo, mas acho que é consenso que a adolescência é um período conturbado, agora imagine no nosso caso, onde se passa do Atari ao PS2, de namoros conservadores aos 12 anos para sexo casual aos 18. Essa bagunça em nossa cabeça nos leva a apreciar momentos em que não se tinha muita preocupação, a não ser a de encher o álbum de figurinhas. Nem o fato do chiclete num dia custar um preço e no outro o dobro nos preocupava. Apenas pessoas nascidas nesses anos 80-85 que acreditam que a década de 80 não foi perdida. Quem era o Sarney para nós? Com certeza alguém menor que a vovó Mafalda.
O legal de tudo isso, transformações e adaptações, é que sabemos manusear tão bem um pc quanto bolas de gude (burquinhas), e a vida continua...