Irmãozinho - "olha a água da mina que corre na bica, olha o cheiro gostoso da mexirica..."
Rafael - Cala boca!!!Irmão - A mocinha não gosta de gralha azul...!? Vai irmãozinho, pode cantar que eu te protejo
Rafael - Mãe olha esses dois, quero assistir Jaspion na tv e eles não deixam com esse som porcaria... Mãe - Ah Rafa, desliga essa tv e vai brincar...Adoro esse grupo...
Quando se é o irmão do meio sempre há dificuldades quanto ao relacionamento com os outros herdeiros. Por exemplo: Apanhar do mais velho - "Por que você foi brigar com ele sabendo que ele é mais forte?..." Bater do mais novo - "Vou te dar uma surra pra você aprender a não bater nos mais fracos..." Todavia, o que quero dizer com o diálogo acima não é que, sempre fui prejudicado enquanto irmão do meio, mas sim que, quando pequeno, meus irmãos introduziram o gosto por música regionalista na minha mente. Numa ótica mais abrangente, essa briga "perdida" foi a abertura para o surgimento de um paranaense com gosto de ser paranaense. Primeiramente pelas músicas do Grupo Gralha Azul e posteriormente por um interesse de descobrir as belezas relatadas em suas músicas (que eu gosto de ouvir como poemas cantados) e de protegê-las. Ontem tive a oportunidade de ir ao lançamento do nono cd da banda, Vôo Canção. Depois de 29 anos de trajeto eles ainda têm a capacidade de criar e de empolgar. E hora ou outra, penso que a caracteristica de ver as árvores e pássaros em seu todo, surgiu deles. E lendo alguns textos meus pude encontrar vestígios disso (um exemplo).
Agora vou-me além, para além-cá
A cultura do noroeste, do meu pulsar
Do Iguaçu ao rio Paraná
Cantando em trova livre, como canta o sabiá
(rafael fermiano)
Mas antes vou beber poesia
Na luz de Paranavaí
(Beber Poesia - Gralha Azul)
É, do começo da história já foi mudado alguma coisa. As meninas fizeram mesmo o vestibular. Engraçado foi ver como essas duas comem. Olha, que para um magro eu até que como bem, mas essas duas. Minha namorada, mostrou porque se chama Garota das Cavernas. Comeu três antilopes e duas novilhas.
Depois viemos à Curitiba. Viemos na terça e não na quarta como planejado, resolvemos aproveitar mais um dia. Com dois "dramins" na cabeça foi rápida a viagem. Para trilha sonora da viagem foi escolhido Shaaman, e pude esclarecer algumas dúvidas sobre metal para Nata.
Chegando aqui a surpresa. Minha irmãzinha não só me estranhou, mas chorava (de dar dó) toda vez que olhava pra mim. O motivo descoberto, um cara de cabelo grande tinha a assustado no mesmo dia. Solução: Prender meu cabelo. É, não adiantou muito. Mas hoje, 3 dias depois até que ela ri um pouco comigo.
Por aqui basicamente estamos comendo...muito. Dia desses fomos ao Botanico (onde tiramos essa foto ai de cima). Lugar bom de se visitar. Todas as fotos lá ficam legal, mesmo se você tirar foto do chão...tá, do chão não...
Fomos ao Shopping Estação (onde antigamente era a estação ferroviária central de Curitiba) tomar um chopp e comer linguiça alemã. Gente...é bom...
Também fomos a outros lugares mas sempre com um "fundo alimentício". Ô cidadizinha pra se comer bem. Fora o fato de minha mãe ser excelente (do tipo power-ding-ding-extra-ultra-mega-outofcontrol-eujádissemega?-boa) cozinheira. Até eu estou mais gordinho, tá...não estou gordo nem de longe...
De qualquer forma, depois escrevo mais, agora vou buscar umas esfirras pra comer...
Agora estou de férias, por duas semanas. É um tempo curto, porém promete ser bem intenso(do jeito como gosto que seja). As férias começarão aqui por Maringá, onde esse final de semana haverá o vestibular da
UEM. Por tal fato terei a ótima companhia de uma prima minha, que ficará em casa, e minha namorada, na casa de seus tios. As duas prestarão vestibular. Na quarta-feira estaremos embarcando pra Curitiba, onde residem meus pais. Lá, no dia 23 ocorrerá a festa de aniversário de minha irmazinha. Essa completa um ano dois dias antes da festa. Voltamos depois do aniversário para o noroeste do Paraná, onde no último final de semana de minhas ferias teremos o batizado de minha irmã. Onde meu irmãozinho e minha prima(a que vai ficar em casa) serão os padrinhos.
Em resumo, serão férias regadas de lugares a se visitar, viagens, familia, e namoro....
Durante os intervalos estarei publicando um resumo de nossas aventuras, se não der tempo, faço depois tudo num só....
Até....
Hoje vou contar a vocês uma história hilária, dessas que você ouve pensa é mentira, que o “contador” é um belo sarrista e que literalmente é impossível tal fato ter acontecido. Pois aconteceu, e aconteceu com um amigo meu (sempre é com amigos do trovador, certo?), aqui pertinho de casa. O nome dele é Fernando, típico japonês-metaleiro-com-jeito-de-emo, daqueles que tem cabelão e correntes no pescoço.
Estava ele, o Fernando, dia desses voltando para seu apartamento. Ele é boyzinho e seu pai o sustenta enquanto esse faz faculdade de história e vai a shows. E era de um show desses que ele voltava. Bandinha boa, aqui da região mesmo, de um guitarrista louco que faz um solo do iron com a boca.
Quando chegava ao estádio, em frente a seu apartamento, silêncio danado estava ali, Fernando tropeçou e caiu de boca! (hehhe) Brincadeira...
Passando pelo estádio o nipo-brasileiro, um tanto quanto trololó por causa da bebida, sentiu que estava sendo seguido. Virou para trás e realmente, dois sujeitos vinham em sua direção, olhando para ele. Ele, esperto, virou pra frente e apertou o passo. Olhou novamente e os “marginais” estavam mais perto. E ao virar pra frente... (momento de tensão) ...
- Tá com pressa nego!?!?
Fernando no susto travou. Mas logo viu que era um terceiro sujeito e que os dois outros já tinham chegado nele.
Nesse momento vocês podem estar pensando “porra, mas cadê a comédia”, e eu digo “prestem atenção”.
Travado entre os três sujeitos tentou se safar:
- Calma pessoal, nada de violência...
- Cala boca japa!!! – gritou um de lado
- Passa a carteira que você sai de boa... – o que parecia o líder explicando os fatos
Meu amigo entregou a carteira a esse. Porém, na carteira só havia uma nota de dois reais.
- Porra gordinho, mas só uma tartaruga, num dá nem pra dividi... Passa a porra do celular. Boyzinho que nem tu deve de ter celular de chips chei de crédito...
Tirando o celular do bolso, um nokia daqueles bem antigos, foi medo que se ouviu na voz de Fernando...
- Na verdade não cara, nem tem crédito, nem é de chip...
- Mas que porra é essa mermão... tá louco? – o “chefe” vindo pra cima.
Fernando tinha certeza que ia apanhar. Quando o cara olhou pra baixo.
-... e esse Fila aí? Quanto tu calça gordinho...?
- 42!
- Fechou, passa o tênis então! Essa porra num é da China não, né?
- Não, mas cara, você vai me tirar o tênis? Como vou pra casa? Moro longe daqui. – mentiroso, morava a dez metros...
- Eu quero que você se f%#$%#!!!! Passa o tênis.
Fernando, que tinha sido parado por três caras a dez metros de casa, sem uma viva alma na rua, que tinha só dois reais na carteira, um celular velho, estava agora tirando o tênis que tinha ganhado do seu pai. Impossível de não se comover, e aí entra a parte mais engraçada. Até o ladrão se comoveu, isso mesmo. Após vestir o “Fila”, olhou pra Fernando, para o celular no chão, pra carteira vazia, para o tênis que acabará de colocar e disse:
- Pega o meu para não ir descalço.
(Fala sério, o cara ainda foi gente boa. Depois falam que só por que o cara é ladrão não presta, não está nem ai... Mentira!!! hahuhauu!!!!).
Sabem o que meu amigo fez? Vestiu o tênis do cara e foi embora. “Ta no inferno, abraça o capeta”...
E aqui pensando com meus botões, acho que quem se deu mal foi o cara, o chulé do Fernando, ninguém merece...
“Tá fazendo o que em casa? Por acaso está doente?
Ver TV é deprimente. Não tem nada mais sem graça.”
Ultimamente tenho sentido saudades enormes de sair, sabe curtir mesmo sem nenhum problema na cabeça. Tenho passado muito tempo dentro de casa, seja dentro da minha ou dos outros. Para ter-se uma “noção do grau”, sinto saudades até da área de casa.
Desde pequeno sempre fui caseiro, mas “dava na telha” eu saia. Às vezes, saia e voltava cheio de lama, sem minha mãe ao menos notar que eu havia deixado à sala. O mais legal era quando chegava todo arrebentado e ela tinha que me levar ao hospital, sempre surgia à pergunta “você não estava na sala?”.
Aos quinze já havia descoberto que a área de casa era o melhor lugar. Além de ver o movimento, podia sair a hora que eu quisesse sem “encheções”. Tomava tereré e ficava ali o dia todo, sentado no chão mesmo, tocando violão, com amigos vindo e indo. Era bom, ah se era!!!
Mas a gente cresce, sai de casa e vira essa merda. Moro num edifício, não mais em uma casa. Saio pro trabalho e fico lá 8 horas, depois faculdade e de volta ao ap. Final de semana vou pra cidade natal, onde já não tenho uma casa(meus pais se mudaram para outra cidade). Fico na casa de um amigo, assistindo tevê. Vou pra casa da namorada e fico namorando em frente a tevê.
Não é culpa de ninguém, eu sei. A cidade(Paranavaí-PR) não tem opções de lazer, e tristemente descobri que meus amigos não organizam “tardes na área”. Todos namoram e é difícil encontrar um horário que agrade a todos. Não saio em Maringá (onde moro), pois assim sairia sem minha namorada, e convenhamos, não tem a mesma graça.
Sei que estou numa enrascada. Hoje sai pra dar uma volta no estádio aqui próximo do apartamento. Tinha gente tomando tereré, tocando violão. Voltei pra estudar, depois acho que vou assistir tevê.
“Dentre todas as flores, a tua detêm o perfume mais cativante. Dentre todos os perfumes, o teu é o que mais lembra uma flor”.
O pequeno Adolf jamais soubera o que dizer a alguma garota. Mas essas palavras foram as que surgiram de sua boca para Luana, que riu (também pudera, tanto ele quanto ela tinham apenas dez anos de idade).
Na verdade, ela não entendeu nada do que ele disse. Luana, a garota mais popular da turma, gostava de garotos da oitava série, e aquele em sua frente cursava como ela, a quarta. Ou ainda, a seu ver, apenas um fedelho.
Ele apenas queria pedi-la em namoro, torna-la a garota de sua vida e faze-la feliz. Pensava que por tais motivos não poderia apenas tentar beija-la, sem nada dizer. Havia de ser maior, havia de ser perfeito.
Ela não soube o que dizer, deu um sorriso “deixando disso” e voltou para a gincana da qual havia sido puxada ao canto.
Adolf se afastou, engoliu o amor que tinha para dar pela primeira vez. Talvez fosse melhor ser apenas mais um garoto na gincana da vida. Talvez uma torta na cara fosse menos doída.