Copo de uísque

Um Cara Que Não Presta

Segue a descrição plagiada de um site: "O Cara Que Não Presta ao qual me refiro é aquele desgraçado que é inteligente, engraçado, divertido, culto, acha futebol um saco e nunca fala sobre carros. De preferência, ele nem sabe dirigir."

Garçom, troque o whisky por champanhe e sirva aos meus amigos. Hoje vamos comemorar. Afinal, meu amigo, não é todo o dia em que Um Cara Que Não Presta faz aniversário, e hoje é o primeiro deste blog. Seria um ultraje dizer: “Gente, queria agradecer a todos. Principalmente a minha mãe e meu pai, que nunca comentaram, mas sempre estiveram entre os três leitores diários”.
Porém, é inevitável agradecer a algumas pessoas. Valeu mãe e pai, que nunca comentaram, mas sempre estiveram entre os três leitores diários. (hehe)
Brincadeiras à parte, seguem os links de alguns textos postados, separados por tópicos e comentados por mim.
Enjoy!!!

Comédia
A comédia hoje em dia é tão batida que escrever é uma missão deveras difícil. Nunca foi o meu forte, criar comédia Por isso decidi pôr minha vida desastrada à mostra, e isso rendeu ótimas histórias. Riam.
farmacia
Típico diálogo, algo comum no blog. Nesse caso, um diálogo com um (espermatozóide pseudo-evoluido) farmacêutico muito “simpático”, seguido por devaneios da minha mente.
Coisas de Vó
Comédia sobre outra comédia. Minha avó, dona Joana, é a pessoa mais língua preta que conheci em minha vida, e olha que um radialista da minha cidade natal tinha o apelido de “Língua preta” e nunca chegou aos pés da (velhota) minha querida madrinha. Fato que deve constar, após esse texto ela se separou do marido, e este veio a falecer coisa de um mês atrás. Minha vó é viúva língua preta pela segunda vez!!!
Figuras no Ceu
Conversa pra matar o tempo, fazendo algo pra matar o tempo, matando o tempo, sacas? Olhando para o céu, vendo nuvens e pessoas caindo. Ops! Essa doeu!!! O melhor de tudo é obra do blogger na edição do link, que ficou algo como figuras-no-cu (hehe).

Contos
Segundo algumas pessoas, o melhor de meus textos está nos contos. Eu sempre fui um péssimo autor de narrativas, principalmente na escola. Fato esse que prova que gosto é uma coisa estranha mesmo. De qualquer forma, elencando algumas características, temos que sempre eu (narciso) sou o protagonista, sendo um cara de trinta anos ou tendo um nome nazista. Segundo ponto, é que sempre tento detalhar o ambiente, tentando “criar um clima” para o leitor. Terceiro, sempre acho que falta algo nos meus contos, talvez o clima (hehe).
Destino (parte
I, II, III e IV)
A história de um cara que não presta, chamado Adolf. Vários relatos de sua vida, dando sentido à hora em que abandona sua amada, Sophia.
Aos trinta(parte
I, II e III)
Um professor de economia, membro de uma antiga sociedade de blogueiros que buscavam o sentido da vida. Interrogado por uma jovem sedutora, num buteco de Curitiba.
Déjà Vu
O primeiro conto, o melhor, um link da infância com o presente, num dia de chuva, ao som de Led Zeppelin.

Poemas
Sempre gostei de poemas, com uma queda pelo romantismo. Contudo, só após ler muitos poemas em blogs tomei coragem de escrever meus próprios. É claro que o fato de estar apaixonado me ajudou bastante. Afinal, que romântico escreveria sem uma musa?
Na Cama
Ao despertar ao lado da amada o tempo é esquecido, cada momento é melhor apreciado e temos certeza de que se existe um motivo para estarmos vivos, o motivo está ao nosso lado.
Somente o Pó
Um poema sobre saudade, onde o pó significa insegurança.
Tuberculose
Uma tosse que não passa e traz sangue, uma ferida aberta. Ah...o gosto velho do sangue!

Ensinamentos
Basicamente coisas que nossos pais ensinam, ou que gostaríamos de ter aprendido.
Inocência
O fim da inflação chegou juntamente com o retorno das moedinhas. Tampinhas de garrafa valendo dinheiro...vê se pode!
Politica se aprende em casa
O dever de todo cidadão é trabalhar para o bem da comunidade, não importando o governante, mas também sem perder sua voz.
A vida é um grande teste de q.i.
Um jogo, vi em algum lugar. A idéia é boa.
That's all folks!!!

Contador de Histórias...

quarta-feira, outubro 11, 2006
Num inicio da tarde toca meu telefone, atendo, ensaio da banda cancelado. Corro para pegar o ônibus no intuito de adiantar a viagem que me aguardava. O dia está nublado, o chão úmido, e um único passageiro aguarda no ponto. Aproximo-me do senhor e lhe peço um pouco de atenção. Assim conheci o contador de histórias:

- Boa tarde!!!
- Boa tarde! – respondeu-me com um sorriso simpático.
- Qual linha o senhor aguarda?
Nesse momento o senhor parou como se nunca alguém houvesse feito tal pergunta. Engoliu então seu receio e novamente sorriu.
- Espero a linha 177.
Correndo os olhos da tabela de horários ao meu relógio comentei:
- Ela só passa daqui uma hora...
- Exato – antes que eu continuasse – e você, qual aguarda?
- A metropolitana, estou indo a Paranavaí, família, namorada, sabe como é... De qualquer forma, qual seu nome?
- Celimar Turoko, mas os amigos me chamam de Cecé. O seu?
- Rafael Fermiano, prazer.
- Prazer.
Nos dois minutos que seguiram ficamos em silêncio. Não olhamos um para o outro, apenas para a rua. A metropolitana demoraria uma hora e meia pra passar, logo eu teria um bom tempo com aquele senhor, um bom tempo...

Esse sempre foi um ótimo dia quando eu era pequeno. Geralmente as aulas de educação física, inglês ou natação, eram marcadas pras segundas, quartas e sextas. Assim terça era um dia livre de "compromissos". A terça também era o dia em que o clube retomava funcionamento normal e eu podia nadar até meus dedos enrugarem. Tudo era ótimo na terça.
Depois de “adulto” (período no qual trabalhamos) passei a ver a terça de uma forma diferente. Para entendermos isso temos que partir da segunda.
Segunda-feira toca o celular, bato a mão nele e aciono a “soneca”, oito minutos(que mais parecem dez segundos) depois, ele volta a tocar. Até que tenho que sair da toca e ir trabalhar. No trabalho, toda segunda é um inferno. Quando se olha já é dezoito horas e vou pra casa. Chego tão acabado que até dormir faz com que meu corpo doa.
Chega a terça, o celular toca, normalmente eu já estou acordado. Mesmo assim bato no celular que entra na “soneca”. Ela dura oito minutos (dez horas), eu que já estou arrumado parto para o serviço. Faço tudo que me desesperou na segunda em dez minutos, e cada hora demora mais pra passar, isso vai até o final do dia.
Minha terça-feira tem no mínimo 48 horas a mais de duração que qualquer outro dia, e por estar perto da segunda(que tem um quarto de um dia normal) fica mais chata ainda.
Preferia aquele tempo que era a terça que passava rápido, enquanto meus dedos se enrugavam, em que eu não fazia nada a tarde e não tivesse que me recuperar da segunda.